Passa agora da meia noite.
A alvorada para homenagear São Jorge já começara há muito tempo.
Parei a leitura para escrever.
Penso que já viví mais da metade de minha vida.
Tenho agora trinta e seis anos anos.
Estou desempregado.
O que mais me conforta é que descanço sob um sob teto próprio; comprei o com meu trabalho e muito esforço.
Lembro me que há tantos velhos e moços ainda não obtiveram esse milagre em suas vidas.
Penso ainda quantos irmãos dormem agora debaixo de marquises na cidade,aqui, embora o teto falta o conforto maior, tenho lençois limpos e paredes que evitam o vento frio. E há menos de meia hora pude preparar uma refeição.
A chuva é muito forte lá fora.
Penso um pouco sobre mim mesmo.
Vivo só.
Portanto eu sou sozinho.
Vejo a vida como o oceano.
Sou um grande navio.
Apesar da enorme massa, ficou à deriva.
Meu potencial tem centenas de tonelada, e um leme solto.
E falta capitão, carta náutica, falta bússola e GPS"s.
As ondas da vida balançam sem destino, um grande homem.
Se é dia o sol e o vento salgado dos acontecimentos massagram.
Quando é noite a tempestade dilue os sonhos.
Enormes ondas impulsionam no para além mar.
Penso que já viví mais da metade de minha vida.
Tenho agora trinta e seis anos.
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